Comida Natural

Quem não gosta de um suco de laranja geladinho? E sanduíche natural ? Esta combinação é uma das favoritas de muitos jornalistas que conheço. Falo em jornalistas porque conheci bem o paladar de alguns. Empadas de carne seca, brigadeiros, cheesecake e outras comidinhas. 

Bem, fiquei imaginando como seria a reação deste gourmets diante de um suco desintox: linhaça, laranja  e limão. E se apresentar a eles um xô TPM da DNA Natural que inclui em sua composição acerola, morango, mel e melancia. Tudo ingrediente bom, de boa qualidade e por isto não tem como ficar ruim. Não é mesmo Emiliana Azambuja?

Foi na cozinha desta chef, a Emiliana, que aprendi a maravilha dos sucos funcionais. No liquidificador abacaxi, salsinha, hortelã e vários outros segredinhos que darão uma turbinada na alimentação e vai deixar tudo mais equilibrado. E sabe e foi ela depois de aprender com sua mãe que contou o quanto é importante bons ingredientes.

Quanto aos sanduíches naturais. O Leandro Coutinho é fã de um de frango. Um que passava o filé de frango na chapa, com curry e outros segredinhos. Além de um tomatinho cereja magnífico. 

Alguém sentiu saudades dos meus quitutes? 

Disposição e cozinha

Para cozinhar é preciso muita disposição, inspiração e boa vontade. Por que? Sem estes ingredientes tudo pode ficar bem mais ou menos ou até péssimo. Uma das coisas que faço é minimizar os erros dos cozinheiros, por isto os mise en places bem feitos são fundamentais. Depois de muito treino com uma determinada receita a execução fica quase que mecânica. Os erros ficam por conta de quantidades mal medidas como sal e outros temperos e tempo de fogo. Mais ou menos tempo na chama determinam o sabor do alimento, também.

É, caro leitor, você acaba de lembrar daquele bolo que não cresceu? Eu acabo de lembrar do meu fondue de carne que não deu certo. No meu caso faltou expertise com o aparelho de fondue e sabedoria na pressa. Traduzindo fomos vencidos pela chama que não vingou do aparelho. Outro problema foi encontrar um açougueiro preguiçoso e despreparado que executou de forma amadora os cortes das carnes. Pedaços muito grandes e com corte irregular que resultou em carnes grosseiras que acabaram perdendo a graça e charme do prato. Todos erros meus. Deveria exigir o padrão, uma coisa pela qual fui tão cobrada no último ano e agora tenho sido neste início de ano.

Uma amiga disse que o fato de tudo ter dado errado é uma forma de alimentarmos a lembrança deste encontro com os amigos para sempre. Uma lição que aprendi é que fazer comida para qualquer um que seja, só quando estiver livre e com disposição para cozinhar. Adoro cozinhar para os amigos, tenho enorme prazer, mas isto tem que ser feito com o mesmo profissionalismo que utilizo no meu trabalho. 

Tour

Cozumel é tudo de bom no calor!

Sábado passado decidi fazer um tour por bares e restaurantes de Goiânia. A intensão era revisitar locais antigos e conhecer novos lugares e consequentemente sabores. Voltei a minha salada favorita da Tribo do Açaí, apesar da demora no atendimento, eu sempre fico feliz com o sabor da salada, até porque sou eu que escolho os meus ingredientes. Tudo saborosos e fresquinho. 

Depois disto fui com a Mariane Ribeiro, minha companheira do almoço, tomarmos um café no Bougainville. Escolhi um capuccino pois é esta a combinação que mais gosto do café, porém ainda não encontrei nenhum aqui, em Goiânia, que me conquistou. Os melhores que já tomei foram em Campos do Jordão e Lisboa-Portugal. 

Como a tarde estava muito calorenta fomos para o Saccarias. Fui de cozumel e a Mariane de cerveja Bohemia. Cerveja e ambiente, ambos muito quentes, por causa do excessivo calor do dia. O local é um sucesso e estava lotado como sempre. O alerta é que para quem não gosta de tumulto o bar não é recomendado.
A boa surpresa do dia foi o Bar do Piry, no Jardim América, com uma comida nordestina bacana e com um bom preço. Porém, quem for lá terá que ter muita paciência porque o serviço da cozinha é bem demorado. Sou chata mesmo, porém esperançosa que um dia encontre um restaurante ou bar completo nesta cidade. Isto significa: Comida boa, preço justo, ambiente agradável, atendimento perfeito e tudo isto com uma boa companhia.

Os doces em minha vida

A vida as vezes faz o favor de ser muito doce. Por isto, a responsabilidade de um confeiteiro pode ser enorme. Um brigadeiro, por exemplo, carrega em si muito mais do que chocolate e leite condensando. Para muitos tem o sabor gostoso da infância, das tardes de panela terapia com as amigas e das festinhas de criança. Na minha família são os pudins que fazem o favor de ter toda esta química de ser um doce dos deuses. A cada novo pudim, que meu pai faz, depois de ter aprendido com a minha vó, cada garfada nos faz  compartilhar todas as histórias de festas de família. São natais, aniversários, sextas feiras santas... Todas embaladas pelo sentimento de unidade, em que cada um tem sua importância e que cada nova festa traz em si, um ingrediente de saudade da confraternização passada. 

E nessas versões de doces muitos se entregam a magia do mané pelado, do doce leite, da ambrosia, da goiabada. Eu gosto de um bom doce de limão com recheio de doce de leite, uma preciosidade da cidade de  Goiás. Um doce com identidade e saudades de uma cidade pequena, onde Cora Coralina, a menina feia da ponte, fazia seus poemas e se entregava a cozinha. 

Doces podem trazer também identidade. Portugal, na minha visão ou melhor no meu paladar, sempre terá gosto de travesseiros de Sintra e de pastéis de Belém. Como Paris sempre a terra dos macarrons da Laudurée, ou melhor a cidade do Crème Brûlée. Sabores suaves, doces e muitas vezes cheios de simbologia para um viajante aberto ao mundo da gastronomia e aos deleites da boa comida. 

Hum... Desejo aos meus leitores um 2013 cheio de doces lembranças, doces experiências e dias plenamente açucarados. Ah e que ninguém morra de diabetes. 

Uma criação deste 2012. Uma Panna Cotta de Grappa.