sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Bastidores de um festival

A sensação era de encantamento, na quinta-feira, 10 de outubro, quando entrei nos salões do Oliveira´s Place e me deparei com toda a estrutura do Nossa Pitada. Aquele sonho que comecei a compartilhar com a Emiliana Azambuja e o Humberto Marra estava ali, com sua forma, cor e muitos sabores definidos. Meu coração bateu mais forte, pois cheguei acreditar que era impossível ver tantas ideias materializadas. 
Uma semana depois ainda sinto a alma repleta com alegria de dever cumprido e a preocupação natural do e agora? Foi impossível ser apenas jornalista, neste momento, e por isto a colaboração, da  Darmélia e do Rafael Xavier, foi fundamental para o bom resultado da mídia espontânea. 

Comida goiana foi o grande destaque do festival
A presença dos amigos Luis Yscava e Rose De Lena tornou tudo mais especial. Bacana também foi poder rever a Mara Salles, a Ana Soares e a Neide Rigo, companheiras de expedição, pude vê-las cozinhando e fiquei maravilhada com os resultados dos pratos e das oficinas. É tão bom ouvir palavras de gente apaixonada pelo que faz. Falando em paixão não posso esquecer da Neka Menna Barreto e sua aula surpreendente. Adorei o sabor e qualidade do Suco Verde que Neka nos ensinou. E como tiveram pratos de qualidade para se provar durante todo o festival e como as pessoas suspiraram com os sabores goianos.

Bastidores

Erramos, acertamos... Faltaram ajudantes nas oficinas... Teve chef que perdeu a hora e a liderança da  sua oficina. Alguns iniciantes melhoraram muito suas aulas da primeira para a de hoje. Outros inciantes ficaram mais nervosos, porque faltou ingrediente e o colega machucou a mão. Tiveram pratos com o sabores magníficos. Teve muito cozinheiro sofrendo de ansiedade e outros com a adrenalina. No final, uma turma de apaixonados pelas panelas comemoram com todas as forças que restaram e brindaram a festa com muito chopp gelado e farofa de coisas impensáveis como bacalhau... 



domingo, 15 de setembro de 2013

Nossas novidades do Nossa Pitada

Olá, amigos

Foto: AlexBadim
O Nossa Pitada tá chegando. Depois da Expedição maravilhosa que fizemos pelo o interior de Goiás é hora de mostrar toda a pesquisa durante o festival. A ansiedade de toda a equipe está enorme, mas estamos trabalhando para fazermos um festival leve, bacana e cheio de atrações especiais. Queremos encantar com o paladar dos visitantes e claro vamos mostrar uma Goiânia festiva. O festival idealizado por Emiliana Azambuja e por Humberto Marra será realizado pela Associação Goiana dos Profissionais e Estudantes de Cozinha (Agpec). 

Foto: AlexBadim
A nossa festa começará com o Banquete Goiano, na quinta-feira dia 10 de outubro, no Oliveira´s Place e seguirá até domingo, onde um dia festivo com muitas guloseimas e sorvete irá encerrar a programação. Serão mais de 20 aulas com degustação e muito aprendizado sobre os tradicionais ingredientes da culinária goiana. Açafrão, boi curraleiro, milho, arroz, feijão e nossos "matos", vão brilhar nas cozinhas planejadas dos auditórios do festival. Aulas simultâneas vão acontecer no espaço de evento, além do Pitadas na Rua que trará novidades como a visita guiada dos visitantes a uma fábrica de cervejas. 

Ficou com vontade? Programe a sua agenda para visitar o festival. 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Entrega em casa

Costela Confit - Chef Frederico Calixto
Hoje conversei um tempão com o Rafael Carlos do Kekanto, um apaixonado por bares e restaurantes da  como eu. Falamos muito sobre comida gostosa. Eu sou uma dessas apaixonadas por produtos incríveis e dificilmente esqueço o sabor de um prato que ultrapasse aquele rotineiro.
Durante a Expedição Pitadas tive a oportunidade de conhecer um monte de trabalhos de colegas cozinheiros. O chef Frederico Calixto, do Arte Gourmet, surpreendeu todos que estavam na despedida da Expedição Pitadas com a sua Costelinha Confit. E olha, só tenho uma coisa para dizer: Sensacional! 



Depois disso ainda consigo sentir o gostinho dos pães da Moema, a padeira do Dona Padeira, e nem consigo expressar a emoção de lembrar da delicada baguete de Pequi.
Pães da Moema - Dona Padeira
Foto: Alex Badim
E as descobertas não param. Na casa de dona Albertina, em Caxambu, povoado de Pirenopolis, provei uma farofa de coração de bananeira inesquecível. O mesmo aconteceu com outros vários produtos. E o interessante é que muitas dessas maravilhas gastronômicas estão só escondidas do grande público. Vale muito reunir os amigos e pedir uma costelinha acompanhada de um pão da Dona Padeira. 



terça-feira, 3 de setembro de 2013

Mala cheia de tradições

A ideia do blogger era contar um pouco sobre essa loucura que é aprender a cozinhar. Ainda estou aprendendo muito, mesmo que não seja dentro de uma cozinha. O segundo passo do meu aprendizado foi pegar a estrada na companhia de cinco cozinheiros extraordinários e ir em busca do sabor perfeito das mesas goianas. Quem me conheceu, em Campos do Jordão, sabe o quanto amo a minha terra, os ingredientes daqui, os frutos e a forma como o povo recebe e cozinha. 
Eu e o amigo AlexBadim, durante a Expedição
Cada lugar tem sua peculiaridade. Eu cresci dentro de uma família que dá enorme importância para a sua tradição gastronômica e por isto faz questão de ter os seus queridos na mesa de domingo. Sou neta de avós: goiana e mineira. E tenho um bocado de lembranças do tempo em que era apenas uma degustadora oficial das comidinhas da família.

Tradições de família

Da vó Maria, que tem o dom da tradição goiana, trago nas minhas mais sinceras lembranças o sabor de uma goiabada e um doce de leite que eram tipo dos deuses. Doce de leite talhado e uma goiabada que parecia uma seda ao ser degustada. A vó Maria sempre tinha a sua volta uma dúzia de netos próximo ao seu fogão. Cada neto tinha um desejo diferente e a vó com seu carinho infinito sabia o que cada um dos queridos gostava. 

Vó Verinha é dona de um gosto requintado. Nas suas panelas sabores exóticos, sabores daqui, sabores de Minas e de todos os lugares do mundo. Sopa de feijão com batatinha, tradicional bacalhau da família Guimarães e seu precioso angu de milho verde, fazem parte da minha memória e apesar de serem todos bem tradicionais e com gosto de casa, são os que mais mexem comigo. São sabores que enchem minha alma de saudades de uma casa cheia de gente que amava estar dentro de uma cozinha. 
E falando em cozinha, foi na da casa da Verinha, que vi o chef Humberto Marra cozinhar pela primeira vez e me apaixonei por aquele jeito diferente de se fazer cozinha, onde ingredientes viraram a toalha de uma mesa. Lembra Humberto?

Expedição

Estivemos em Pirenopolis descobrindo o segredo das avós de lá
Foto: AlexBadim
Voltando a Expedição percorremos tantas cozinhas e ouvimos histórias que minha alma se renovou e descobriu um novo olhar sobre a cozinha das minhas avós. Pelo encantamento de Mara Salles, Ana Soares e Neide Rigo pude perceber o quanto somos abençoados de viver em um Estado agrícola, onde as pessoas possuem uma grande ligação com a terra. Aqui temos produtos maravilhosos como milho, feijão e arroz que existe em todo o país, mas que muitos são produzidos aqui. Agora, estou aos poucos voltando aos com os meus testes na cozinha, por enquanto eles estão centralizados nos almoços de domingo. Logo começo a compartilhar meus experimentos com os leitores. 




sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Sonhos em sabores

Fideua - Foto: AlexBadim
Os cozinheiros tem um dom de transformar sonho em sabores. Sempre que vejo um destes astros da cozinha em ação, chamados carinhosamente de chefs, fico imaginando todo o sacrifício que cerca suas vidas. Trabalhar com ingredientes e ensinar pessoas é algo complicado. Transformar o impossível em coisas possíveis é quase um mantra dos melhores.

E assim nascem coisas belas e deliciosas. Vá em um festival gastronômico para entender do que estou falando. Milho, arroz, feijão ... Peixe, capivara, camarão ... Molhos, muitos molhos, milhares deles e cada um com um sabor inusitado e com uma beleza única. Sempre espero boas releituras de tantas coisas magnificas que já existem.

E viva a criatividade dos cozinheiros!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Perdidos no paraíso das comidas

Visita da Equipe da Expedição à feira do Cerrado - Foto: Polarize
Ana Soares e Andrezza e a Pamonha Frita  - Foto: Polarize
Domingo, 28 de julho, o céu estava mais azul do que é possível de ser. O clima nos presenteava com uma temperatura amena, dessas que só são possíveis no mês de julho, aqui no Cerrado goiano. É um desses dias que você acorda e tenta imaginar se existe alguma maneira de ser mais feliz. Amigos, viagem, aventura e uma boa dose de entusiasmo nos acompanharam durante toda a Expedição Pitadas. E para um grupo de gente alegre e bem disposta um café da manhã caprichado, na feira do Cerrado, no Jardim Goiás, foi um convite para entrar completamente no espirito do festival e sonhar com novas possibilidades do evento. Nossas mestras das panelas: Neide Rigo, Ana Soares e Mara Salles aproveitaram cada cantinho da feira, das comidinhas ao artesanato regional. 

Biscoito de Polvilho frito - Foto: Polarize
Nem preciso contar que a pamonha frita levou Ana Soares ao delírio. Como é bom ver uma profissional como a chef entusiasmada com o novo. Outro bom momento foi quando o grupo parou, perto da barraca do biscoito de polvilho frito,  para observar a habilidade das salgadeiras. Foi inevitável a comparação por parte delas com outro biscoito que provaram na Cidade de Goiás. O que Viviane, uma banqueteira de Goiás, preparou para nós era sem dúvida mais saboroso, conforme observação de Mara Salles. E observando as salgadeiras, as chefs ficaram imaginando qual era técnica usada para que o biscoito não explodisse na gordura. 

Bela Vista

Fazenda tambores - Foto: AlexBadim
O dia ainda tinha muito para ser degustado e provado. Os amigos da Agpec organizaram um verdadeiro banquete que foi servido na Fazenda Tambores, do casal Adriana Leal e Claudio Ortencio, em Bela Vista de Goiás. Antes de nos deslumbrarmos com a paisagem magnifica da fazenda ficamos perdidos, por alguns longos minutos. Não foi fácil localizar a G0 - 019, mas depois de muito procurar e perguntar encontramos o caminho. A beleza do local e o charme da fabricação de uma cerveja artesanal, organizada pelos sommelier Alberto Nascimento e Fernando Bastos, fez uma tarde de domingo inesquecível e muito especial.  
Emiliana e Eu - Trabalhar é preciso Foto: Polarize











Cervejas


Alberto Nascimento e Fernando Bastos ensinaram as chefs à fabricação de cerveja caseira.  A receita executada foi uma IPA (Índia Pale Ale). Ao final da produção da cerveja foi adicionado um sachê com pequi, para que o mesmo aromatizar a cerveja durante a fermentação.
Moendo o malte - Foto : Polarize
O preparo da cerveja - Foto: Polarize

O ponto alto do encontro que rendeu boas risadas e a troca de informações preciosas. A cerveja virou o grande tema da gastronomia: Quais pratos fazer com a cerveja e seus subprodutos? Uma linguiça acompanhada de um molho de lúpulo foi servida para os convidados.  Alberto aproveitou o clima de inovação para servir o chopp Mercês usando a técnica do Dry Hopping – adicionar lúpulo à cerveja em fases posteriores à fervura. Foi instalado um filtro na linha da chopeira para que o chopp entrasse em contato com os condimentos.
Cerveja: Agora é só resfriar e esperar 28 dias - foto: Polarize
Sobras - Foto: Polarize

Nesta onda cervejeira rolou também a degustação de cervejas especiais da catarinense Bierland. Um sucesso entre os visitantes que puderam degustar três rótulos.  

Pratos dos chefs

Marcus e seu Fideua - Foto: Polarize
 A comida foi incrível. Mix de feijões de Márcia Pinchemel, Nhoque do Sertão do André Frazão, Salada da Tati Mendes com compota de abacaxi e pimenta, Estrogonofe de Morangos da Silvana Bufaiçal, Bacalhau da Nancy Veloso, Fideua do Marcus, Pernil do William, linguiça com molho de lúpulo do Humberto Marra e bolo de rolo pernambucano da chef Cris.

Depois de tanta comilança fomos para gafieira do Glória e pasmem: A orgia gastronômica continuou... Pastel, bolinho de bacalhau, língua e fígado. A saga em busca das pérolas gastronômicas continua... 

Próximo post: Pirenópolis


Pernil do Chef William - Foto Polarize

Bacalhau da Nancy








lis

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Goiás e suas delícias Parte II

Foi uma casa assim que abrigou a Ilha Redonda - Foto: AlexBadim
Acordar em Goiás é ter a certeza de um belo café da manhã no Mercado Municipal da Cidade. Desta vez o aperitivo não foi a famosa pamonha cozida frita. Antes de contar sobre o café da turma da Expedição Pitadas, vou usar a licença poética e recordar os deliciosos tempos de FICA, quando ainda era só uma estudante de jornalismo, sem pretensão profissional nenhuma em relação as panelas. O FICA ( Festival Internacional de Cinema Ambiental) marcou definitivamente a minha vida em 2004 ( melhor ano do festival na minha opinião), no mês de junho.

Um grupo de amigos, que tiveram problemas de hospedagem na cidade, decidiram reunir outros amigos e  assim alugamos a famosa casa da Ilha Redonda,  na Cidade de Goiás. Dentro dessa loucura estavam os queridos: Renato Simprão, Tiago Aristides, Rainer, Breno, Nay e Pedro, Marla, Alysson, Carol Almeida, Tiago Bênia, Rafael e Camila Mitye, Camila Ligeiro e possivelmente devo ter esquecido de alguém. Posso dizer que esta turma que habitou aquele loco imaginário, por uma semana, viveu altas aventuras e claro que ao entrar no ritmo da cidade se encantaram pelos sabores de Goiás. Foi a pamonha cozida frita que sobreviveu ao tempo e dá o sabor da saudade daqueles dias. 

De volta para o presente
Voltando a 2013, com o grupo da Expedição Pitadas, gente super ligada a qualidade dos ingredientes e a forma de produção dos alimentos, posso dizer que a experiência foi praticamente a mesma dos 9 anos atrás, só não comi a pamonha cozida frita. Desta vez escolhi o famoso bolo de arroz da Dona Inês, para dar o tom da saudade desta viagem e carregar comigo um novo símbolo daquela cidade tão especial.  Como o objetivo da expedição era pesquisar os sabores de cada lugarzinho que passamos, eu não resisti ao suco natural de tamarindo e ao pastel de carne do Emival, outras iguarias famosas do mercado. Um passeio pelo comércio local trouxe uma grande riqueza de conhecimento, dentro da gastronomia destaco a baunilha do Cerrado, vendida no mercado, no açúcar. 

Goiás em resumo! AlexBadim
Seguiríamos depois disto para o mato. A visita a um grupo de assentados, do Arraial do Ferreiro, se fez necessária e lá nos deparamos com pessoas com experiências ricas e que projetam dentro do sistema da agricultura familiar um futuro bem mais sustentável que as formas de produção que conhecemos. Na primeira parada os pés de mexerica fascinou a turma e vários foram até as árvores e aproveitaram a oportunidade de comer a fruta colhida na hora. Um pouco mais a frente encontramos Maria das Graças de quem compramos as folhas para o almoço e vimos cozinhar no fogão a lenha. Sim, tudo ao vivo e lindo como tinha que ser. Foi na casa dessa senhora que o pneu da Van Pitadas furou e nós tivemos que fazer uma parada um pouco mais demorada. Foi o suficiente para termos o contato com uma mulher fascinante que guardava consigo as chaves da Igreja de São João Batista, que segundo estudos, seria a primeira Igreja do Estado. Lugar bonito, escondido no meio do nada. 

Almoço
 Depois seguimos para o almoço na casa do Caio Jardim. As banqueteiras da cidade mostraram para as cozinheiras o porquê delas serem tão famosas. Franguinho caipira de primeira, lombo, arroz, tutu de feijão, salada, legumes assados, empadão goiano, paçoca, flor de coco, pudim e algumas outras delícias das quais não consigo me lembrar. Depois a expedição partiu rumo à Goiânia.

Próximo Post: Bela Vista!








sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Chomp! E aqui comemos




Mercado da 74- Foto: Alexbadim
Chomp! Chomp! Nhoc! Nhoc! Nhoc! Nhac! Nhac! Nhac! Nhac! Nhec! Nhec! Nhec! Nhec! Nhec! Essa foi a mistura de sons que ouvimos durante toda a Expedição Pitadas. Sim, todos comeram e comeram e comeram mais um pouco. A primeira parada foi no Restaurante Popular, onde dona Lourdes apresentou para nossos convidados Neide Rigo, Mara Salles, Ivo Ribeiro, Ana Soares e Andrezza um pouco do que os paulistas apelidaram de Banquete Goiano.
Chomp! Chomp! Este era o único som, além das risadas de alegria que se ouvia na mesa. Uma profusão de cores invadiram os pratos: o amarelo do pequi e da galinha caipira. O verde dos legumes e das folhas. O branco do arroz e o vermelho dos tomates.

Depois algumas palavras ditas para os jornalistas e convidados e o Nhoc, Nhoc ... Voltou a reinar. No restaurante Panela Mágica Alexandre Jardim, serviu biscoito de queijo, pão de queijo e broa de milho... Hum!  Uma sinfonia deles era possível de ser ouvida em meio a tantas palavras sobre a expectativa do festival. De noite na mesa do Porto Cave outra porção de Nhac! Nhac definiam o ritmo da noitada: Entradinhas, bacalhau e vinho de primeira foram servidos para os nossos convidados pelas mãos mágicas de Edvania.  O primeiro dia foi só uma amostra do que a equipe Pitadas encontraria pelo caminho.

Regime do Frango de Granja

Pamonha do Ateneu - Foto: Alexandre Badim
No segundo dia foi cedo que o regime de “frango de granja” começou a imperar. Na feira do Ateneu o encontro com a pamonha goiana deixou todos os visitantes encantados. Depois um pouco do amargor da Guariroba no creme preparado por Tati Mendes na feira e para adoçar calda de cana. Hum! Que Maravilha! Eram essas as expressões que ouvíamos de nossas convidadas especialmente de Ana Soares que ficava encantada com os gestos dos cozinheiros e feirantes. 
"Banquete Goiano" = Comercial - Restaurante Popular

No almoço uma parada no mercado da  74 e mais uma maratona de comida. Nhec, Nhec, Nhec! O almoço girou entorno de “comidão” goiano: macarrão, legumes, carne, arroz e feijão e da pamonha assada. O grupo, depois dessa orgia gastronômica, seguiu para Goiás. E as mexericas que compramos na feira serviu de lanche e sobremesa dentro da Van Pitadas. Sim, éramos um grupo de cozinheiros valentes e dispostos a provarem de tudo que nos oferecessem no caminho.

Circuito dos doces

Pastelinho de Goiás - Rita Foto: Alexbadim
 Chegamos em Goiás  e seguimos direto para o circuito dos doces. Era o início do mapeamento das delícias daquela cidade. Na casa do Caio Jardim um lanche foi servido com um pouco do melhor de Goiás: Pastelinhos ( 3 tipos diferentes – Houve até uma competição para entender qual deles seria o melhor), flor de coco, bolo de arroz, Getúlio, Empadinha, pasteis, pamonha, bolo de polvilho frito, biscoito de queijo, quebrador de araruta ... Nem vou reproduzir os sons da sala, porque ler o barulho de tanta gente comendo fica até chato.

Cajuzinho da emoção -Foto: Alexbadim
Todos se emocionaram com a mesa. Porém, foi um prato de cajuzinho do Cerrado que conseguiu mexer com sentimentos de Mara Salles e Ana Soares que choraram ao verem aqueles pequenos cajus serem servidos para os convidados. O caju virou suco e na mesa uma comunhão de gente apaixonada por comida se transformavam de felizes para muito felizes. Foi um momento de poder provar sabores de famílias que se despuseram a oferecer o seu melhor para o grupo de expedicionários. 



A noite caiu e seguimos rumo ao Centro Histórico de Goiás. Naquelas ruas de Pedra, onde se comemorava o aniversário da cidade e a transferência do governo do Estado para o local. A música de uma banda com um vocalista de talento duvidoso embalava as ruas frias e despertou mais uma vez a apetite dos convidados que continuavam em busca de um empadão. Paramos no bar e dois caldos de frango e dois empadões foram pedidos.  O grupo permanecia focado no trabalho e conseguiram provar aqueles dois pratos da noite.
Mara e Ana Soares em momento de emoção

Ainda tem mais Goiás, Bela Vista, Pirenópolis e Goiânia.  A orgia continua... 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Uma Expedição de Saberes

Foto: Alexandre Badim

Cada cidade tem seu próprio modo de se apresentar, de se fazer ver no seu melhor ângulo. Cidade de Goiás, Pirenópolis e Goiânia tem em suas cozinhas uma verdadeira expressão de alma. Durante a Expedição Pitadas percebi que a cozinha de Goiânia é a vitrine do jeito de ser de um povo, que sabe receber como poucos. “Quem vem à Goiânia dificilmente se cansa dos sabores daqui”, concluía Andrezza, durante uma conversa, no final da expedição, sobre tudo que comeu durante seis dias. “Geralmente eu fico louca para comer a comida da minha casa e aqui eu não tive essa vontade, concluiu”.  Porque a cozinha goiana é um concentrado de tudo aquilo que existe de bom nas panelas de muitos brasileiros: a pamonha, carne de lata, a galinhada, a paçoca, a carne de sol, o bacalhau, as empadas, o bolo de arroz, os doces de frutas e temos comida contemporânea de boa qualidade feita por chefs que começam a aprender o caminho dos sabores do Cerrado.

Foto: Alexandre Badim 
Eu, dada a minha condição de jornalista e cozinheira, aprendi muito durante esta andança. Aprendi com senhoras, que como minhas avós, tem orgulho de suas caçarolas e de seu talento com as panelas. Vi mulheres que fabricam verônicas, no auge de seus 70 e alguns, com uma rapidez e destreza difícil de ser encontrados por ai. Ouvi mulheres que disputam o título do melhor empadão do Estado, dizer que a diferença de sabor esta no amor. Será que ela usa Sazon? Fica a dúvida. Observei junto com turma do Pitadas dona Augusta ensinar sua técnica de fazer flores de coco. Uma maravilha, como diria Ana Soares, ao observar a habilidade daquela senhora.

Fiquei emocionada com as famílias do projeto Promessa de Futuro que desenvolve um modelo de agricultura sustentável destes que só tinha visto nos livros de faculdade. Encontrei com gente que não seguiu com os estudos formais, porém possuem mais conteúdo que muito doutor de instituição pública.
Partindo para Goiás visitamos alguns assentados. Nele fomos na propriedade de duas famílias. Em uma delas, para nossa surpresa, encontramos uma mulher, morena, baixa, usando boné e botina. Aquela mulher com força de peão de fazenda era a chefe da roça e nos entusiasmou com uma frase que sintetizou tudo que vimos ali: “Antes eu vivia calada e trancada dentro de casa, depois que aquele traste se foi eu virei papagaio”, Maria das Graças virou papagaio e uma espécie de líder do Arraial do Ferreiro. Ela que cuida da igreja de São João Batista e é quem recebe os turistas. Seu sonho é montar um restaurante, na garagem de sua casa, onde possa receber visitantes e poder mostrar seu tempero para o mundo.


Foto Alexandre Badim

Durante a Expedição pisei em muitos solos, vi muitos olhares e senti emoções de descobertas a cada porta que atravessava.  Posso narrar uma centena de histórias como a da Maria da Graça, mas para o próximo post vou falar do tanto e o que comemos nesta Expedição que buscava as pérolas da cozinha goiana.


sábado, 27 de julho de 2013

Delícias da expedição

Fotos: Alexandre Badim
A Van Pitadas partiu rumo à Goiás, às 14 horas, de quinta-feira, no mesmo momento que a frente polar se despediu de Goiânia. No carro Humberto Marra e Emiliana Azambuja guiavam os aventureiros Ana Soares, Neide Rigo, Mara Salles, Ivo Ribeiro, Rodrigo Lopes, Andrezza, Ana Carolina para saborearem as delícias de Goiás. Na antiga capital as doceiras abriram suas portas e deram aulas preciosas sobre a forma de fazer seus doces. O grupo ficou por horas aprendendo técnicas sobre a flor de coco e pastelinhos de Goiás.
 Na casa de Caio Jardim um banquete esperava a equipe Pitadas  com uma seleção dos melhores produtos de Goiás. Pastelinhos, empadas, bolo de arroz, pastel, pamonha, bolo de milho, biscoito frito e pamonha assada foram algumas das guloseimas servidas por Caio Jardim, que fez a seleção dos produtos.

No segundo dia de cidade de Goiás uma visita aos produtores rurais de um assentamento, no Arraial do Ferreiro. Uma viagem emocionante recheada pelas histórias das famílias de assentados guiou os expedicionários. A turma viu de perto a produção de folhas, legumes e frutas. 


Neide Rigo, Ana Soares, Dona Augusta e Mara Salles

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Pitadas começa com Expedição

Quem visita minha página no facebook tem encontrado muitas menções a palavra Pitadas. Alguém sabe o que é uma Pitada?  

Do tema veio a inspiração: 

"Uma pitada de açúcar, de sal, de pimenta-do-reino, de fermento... A pitada é uma medida indefinida, cuja a precisão somente a cozinheira, o cozinheiro, a/o mixologista magicamente conseguem estabelecer..."

A Pitada que tanto falo é aquela de muitos cozinheiros, que transformam o simples em sofisticado e vice e versa. A Expedição Pitadas começa quinta-feira, com a vinda das chefs Mara Salles, Neide Rigo e Ana Soares. Vamos passear por Goiânia, Goiás, Pirenópolis, Inhumas, Itauçu, Bela Vista... Em todos os lugares vamos procurar a pitada que faz aquela comida ser especial. Gostou da ideia? Prepare para ler muita coisa boa sobre o Pitadas. 

Pitadas


O Pitadas vai apresentar e promover os ingredientes, os produtos e produtores goianos. O evento mostrará o aconchego, a simpatia e a simplicidade na nossa boa comida, com todo aroma da nossa terra, lançando mão de receitas feitas de forma tradicional e contemporânea.  Mais do que pequi e milho, temos uma imensa riqueza de sabores e aromas, num estado alegre e com muitos talentos por trás das panelas.

O festival é idealizado pelos chefs Humberto Marra e Emiliana Azambuja e adiantam que serão realizadas oficinas com profissionais de Goiás e do Brasil, com suas sugestões, muitas vezes ousadas, porém criativas, de tratar os nossos ingredientes. O evento irá privilegiar uma cozinha com uma preocupação social, ambiental e tecnológica. 


quarta-feira, 17 de julho de 2013

"Eu gosto de samba, mas não gosto de feijoada"

 Porque sábado é dia de feijoada com samba ? Alguém em algum momento pensou que feijoada era a melhor combinação para o samba e deste dia em diante os almoços de sábado foram contaminados pela feijoada. Na minha adolescência sábado era dia de casa dos amigos, churrasco e axé.

A mania da feijoada com samba transformou o hábito do goiano. E acreditem ninguém se arrisca a colocar um samba com peixada, um samba com galinhada, um samba e um festival de bolinhos, um samba e qualquer outra comida.  O medo do novo trava a criatividade que dá lugar a  segurança da fórmula pronta. Eu até gosto de samba, mas feijoada ????

Uma das melhores feijoadas que já provei são aquelas feitas de véspera, com tudo separado: Orelha, costelinha, língua e companhia. Feijoada precisa de carinho e muito trabalho duro. Nunca vou esquecer das caldeiras de feijoada que lavei ou "entrei" para separar os pertences.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Produtos do Cerrado

Casadinhos com goiabada!
Já pensou no quanto o nosso Cerrado é rico? Do ponto de vista da gastronomia é uma fonte de matérias primas que precisam ser melhores exploradas. Tenho uma amiga cozinheira que sempre pontua que nós cozinheiros somos bruxos, seres abençoados que conseguimos manipular ingredientes e transforma-los em algo agradável ao paladar humano. 
E dentro desta perspectiva a cozinha pode se transformar em um laboratório, onde a imaginação, a intuição e claro o bom senso pode transformar até pedra em alimento. Pedra? Em Portugal existe sopa de pedra, então é plenamente possível e realizável extrair alguma coisa de uma pedra. Mas aqui no Brasil, onde se plantando tudo dá, não precisamos recorrer a tanto. 
Leitor você já foi em uma fazenda? Já viu o que as "donas" dessas cozinha conseguem fazer? É muito ingrediente bom a disposição  delas. E quando esses ingredientes se encontram com a boa imaginação dessas pessoas as refeições costumam ser verdadeiros banquetes. 

Cheese Cake com goiabada
Quando lembro da cozinha da minha avó materna visualizo os tachos e doces que ela fazia... A goiabada em pasta dela era o meu doce favorito. A comida sempre foi de execução simples, porém o amor e dedicação sempre potencializaram o sabor e permitiram a mim sentir saudades da fazenda e do carinho da minha vó.
O nosso Cerrado é muito rico e basta a nós um pouco de imaginação e trabalhar bem com que temos de melhor em nossas o milho (pamonha), o leite (requeijão moreno), a jabuticaba (plantação), o arroz (panelinhas) e tantas coisas que nos passam despercebidos. 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Viva a cerveja

"Eu gosto da Stellinha". É assim que a Ana Carolina Carvalho trata a sua cerveja favorita a Stella Artois. Entre as comercias é a que ela gosta. Esta cerveja Belga já é produzida no Brasil e tem como característica um sabor leve e marcante.  Eu  gosto dos sabores mais intensos, por isto acabo escolhendo a Heineken. Já deixo claro que não sou especialista no assunto e muito menos uma fã  ardorosa de cervejas. O detalhe é que o mundo cervejeiro, assim como o dos vinhos, é apaixonante. Quando você começa a perceber no paladar a diferença entre os produtos e os classifica conforme o seu gosto pessoal é tudo mais prazeroso.

O número de interessados pelo tema tem  aumentado e com isto aumenta a oferta do produto no mercado.  Inclusive já é possível em alguns bares encontrar uma boa variedade de cervejas especiais. 

Qual é a sua cerveja favorita e onde você gosta de ir para tomar?

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Bares e Comidinhas

O programa de segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e domingo do goianiense é botecar. Claro que tem mais coisas para se fazer aqui, mas o boteco é tipo uma paixão regional. Sou dessas que adora um bom boteco e uma boa comida.  Contar sobre essa experiência é sempre delicioso. Um bom bar precisa ter um chopp geladíssimo, um ótimo atendimento e um petisco daqueles que te faz voltar. 

A lista de botecos favoritos começa com o Botequim Mercatto, que tem duas unidades, uma no setor Bueno e outra no shopping Flamboyant. O petisco favorito fica entre os pasteis e o achadinho. Delícia pura e o atendimento sempre foi muito cortês. Atenção: Nunca na vida vá no bar do Bueno depois das 22h30, corre o risco de ser expulso. Mas indo em horários regulares será sempre bem atendido. 

Paçoca feita no pilão - Preferência do goiano
Nesta lista colocaria a também a Carne de Sol 1008, no Setor Pedro Ludovico. Bom atendimento, cerveja de garrafa bem gelada e petiscos maravilhosos. Os espetinhos é uma refeição completa. Atenção: Jamais peça a panelinha ou chegue com muita fome ao local. O leitor poderá ficar muito tempo na fila de espera.

O Glória, no setor Oeste, é uma boa opção para quem gosta de botecar. O lugar é bem estiloso, tem uma comidinha correta, com destaque para os bolinhos e o petisco de fígado bovino. Dia bom é a segunda-feira, quando muitos bares estão fechados,  eles fazem a dobradinha de chopp.

Batata da Elaine
Bar da Elaine, no setor dos Funcionários, é uma oficina mecânica que virou boteco, graças ao talento da Elaine com as panelas. Ela criou uma batata recheada que conquistou até o paladar da Ana Maria Braga, onde foi ao programa mostrar sua receita. Para quem está acostumado a frequentar os botecos badalados do Marista, posso dizer que é longe, porém o sabor da batata vale a pena. 

Gaspar, Música e Comida, fica na Avenida Guarapari, no Jardim Atlântico. O empreendimento é novo e os donos são desses que vão até a mesa cumprimentar cliente por cliente. A comida foi baseada na tradição das famílias dos proprietários do bar e a música é de primeira. Indico a paçoca de carne do local, uma verdadeira delícia, feita na cidade de Goiás pelo pai do Ivan. Quando for ao local cuidado ao deixar seu carro. Evite as ruas escuras! Sempre tem muita vaga perto do bar.

terça-feira, 25 de junho de 2013

No quintal de Cora

Delícias da dona Alfredina
Como você imagina o quintal da nossa Cora Coralina? Todos sabem que sua casa tá ali, na ponte, com uma janela de onde se admira o Rio Vermelho e as ruas de pedra. Uma casa que fica presa no tempo, onde vez ou outra os farricocos passam pelos becos, escuros, procurando por uma tradição perdida no tempo e espaço à procura desesperada por uma identidade do presente. Da Semana Santa, com suas tradições mundialmente conhecidas, para as férias de julho com o nosso FICA! Já são 15 anos de um presente que ainda não parece tão maduro quando se pensa que teremos que comer em Goiás. Sim, os restaurantes nunca estão preparados para enorme número de turistas na cidade.
Mas estou aqui para falar do quintal de Cora. Você sabe que gosto ele tem? De doce de limão com leite, de empadão goiano, de bolo de arroz,  de pamonha ... Paro e penso e nem imagino como seria essa Cora doceira, mas conhecemos bem sua predileção pelas letras e tudo o que nos deixou de belo. 

Sabe o que encontrei no quintal da poetisa? Costumes perdidos no tempo, onde até as galinhas ainda trafegam na cozinha e ciscam perto dos clientes, alguns espiam pela porta e tentam entender quem são os "estrangeiros" que visitam sua terra sem ser em datas festivas. Lá tem um grande terreiro com ruas de pedra e Ipês na praça. Portas abertas e panelas cheias de sabores que lembram a mesa de nossas avós.  

Casa de Cora
Mas para nós turistas gastronômicos a viagem só ficou completa depois que dona Alfredina abriu a porta de seu paraíso e nos presenteou com um pôr do sol de cinema, no alto do morro, onde fica sua morada e uma mesa de lanche especial. Bolo de arroz, pamonha na folha de bananeira, empadão goiano, flor de coco, biscoito de queijo, pão de queijo, suco de graviola colhida no dia e no quintal de Alfredina, chá e chocolate. Tudo muito gostoso, com sabor de vó, sabor de Goiás e aquele carinho que só sentimos quando estamos com os nossos. Turismo bom é quando alguém nos abre sua casa e mostra como são os costumes locais.

Prontos para embarcarem para a terra de Cora? A Cidade de Goiás fica logo ali e está cheia de segredos do passado:  É só procurar!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Aniversário

Despedida - Formatura!
Faz um ano que comecei este blogger, a ideia era narrar aqui minhas experiência em Campos do Jordão, onde me tornei uma aprendiz de cozinheira. Na época estava com uma mala cheia de sonhos, ansiedade e expectativa. Cheguei tarde em Campos e fiquei longe do centro histórico, em um hotel peculiar, porém bem aconchegante. Sabe aqueles erros de iniciante? Erro de quem não conhece direito o local?
Aquele primeiro dia jamais irei esquecer. Aquele dia que conheci pessoas tão especiais e que vivi os dias mais loucos da minha vida. Dias que continuam até hoje a resistir ao tempo, seja na troca de um e-mail, no telefonema de uma amiga ou mesmo na espera pelo retorno de alguns sonhos. 
Um dos muitos passeios
Na cozinha aprendi muito. Ontem, reli o blogger tentando ver se recuperava as emoções daquele primeiro dia. Eu consegui ficar tonta de saudades de um monte de gente. Gente que só tenho a agradecer por terem entrado em minha vida, pena que tudo nesta vida tenha um fim, mas valeu cada minuto no Campus do Senac Campos do Jordão. 
Eu, como jornalista, cozinheira e aluna do Senac, recomendo a experiência de viver uma temporada neste lugar. É porque assim é possível aprender em um hotel que vive em constante transformação por conta dessa troca intensa que existe entre profissionais e alunos. 
Quando os amigos iam embora

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Goiás, FICA e os restaurantes

Depois que terminei a faculdade de jornalismo nunca mais retornei a Cidade de Goiás. O Festival Internacional de Cinema Ambiental (FICA), que esta em sua edição 15° edição, tem o poder de transformar todo aquele terreiro de Cora. Para quem visita o município é como entrar em um universo paralelo e embarcar em um território cultural que tem muito de cinema e música que embala todos os visitantes e participantes do festival. 
Quando visitava o festival sempre achava estranho a história da comida acabar. A comida acabava... E 15 anos depois continua a acabar. O grande desafio é incentivar os comerciantes a produzir mais e melhor um alimento e qualificar o atendimento de uma forma que as características do receber goiano permaneça. 
Comer em Goiás é fácil. Comida goiana tem gosto de casa, de mãe e de avó. É fácil ser feliz ao lado de um fogão à lenha... O que precisa mesmo é aprimorar o que é já é muito bom!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Receitas

Você abre um livro de receitas e pensa que maravilhosamente tudo irá se transformar naquela bela foto do livro. Descobre com o tempo que seu método é falho e que você quase vira um alquimista frustrado. Onde errei? Talvez na falta de atenção ao texto, a interpretação equivocada dos processos ou  pelo analfabetismos culinário. E claro, sempre tem aqueles livros mal escritos.

Método!
Um bom cozinheiro tem método. Ele primeiro reúne todos os ingredientes, os organiza,  porciona e os deixa próximos as mãos. O bom cozinheiro lê o método de preparo exaustivamente e sempre volta ao início da receita para ver se perdeu um passo, um processo ou se pesou equivocadamente um ingrediente. O bom aluno cozinheiro ouve atentamente o professor, repete exaustivamente o processo e aprende que culinária é intuitiva, mas também é perfeição e muito estudo. Estudar é reproduzir exaustivamente uma receita até que ela fique perfeita, que o sal, açúcar e todos os outros ingredientes entrem em sintonia e conversem harmoniosamente com o paladar.


Ser um bom cozinheiro é ter  a sensibilidade para entender que os processos criados por nossas avós é o que nos transformam em um cozinheiro único que ultrapassa os limites da cozinha doméstica. Ser um bom cozinheiro é observar colegas, cozinheiros e antepassados. É ser um pesquisador dedicado. É entender cada elemento de sua terra e celebrar cada colheita do milho, jabuticaba, pequi e qualquer produto da sua região que o diga quem você é.

sábado, 8 de junho de 2013

Leitores

Junho foi o mês da grande mudança. Um ano depois e posso dizer que sou uma cozinheira. Todos os dias tenho um aprendizado novo para acrescentar aos meus conhecimentos. Os melhores sempre veem dos meus leitores, principalmente aqueles que decidem embarcar nesta viagem chamada Capacitação Profissional do Senac, Campos do Jordão. 
Foi maravilhoso poder estudar em um lugar tão cheio de aprendizado como são os corredores do Grande Hotel. Morar dentro de um hotel-escola e ter uma vida de Big Brother foi garantir uma experiência ímpar. 
Um ano depois embarco em um novo tipo de caminho das panelas, estou entrado no mundo dos festivais gastronômicos e como uma boa jornalista que ainda sou me apaixonando por este intercâmbio de conhecimento que grandes eventos nos proporcionam. Estar dentro de um festival é se apaixonar por gente. É conhecer profissionais que trabalham de formas diferentes e permitem por meio da cooperação na montagem de suas aulas novos conhecimentos para o aluno auxiliar de produção. Viva as oficinas gastronômicas. 
Falei e intitulei este post de leitores, porque esta semana uma leitora que mudou para Campos do Jordão e está fazendo o curso me agradeceu pelo blogger. Adoro poder colaborar com a vida de pessoas que nem conheço por meio das palavras, minha primeira formação foi para levar conhecimento, informação por meio da escrita e em grande parte do tempo  é a comunicação que ainda me faz muito feliz.
Marcela Barros espero que continue, assim como Cristiano Penteado e Sardes, acompanhando minhas aventuras pelo mundo da cozinha.
 

sábado, 1 de junho de 2013

Ensaios

O VIII Festival Gastronômico de Pirenópolis foi uma boa mistura de jornalismo e gastronomia na minha vida. A verdade é que sinto muita falta de escrever e ser lida, como também sinto falta de comandar um fogão e fazer aquela comida inesquecível para os amigos. Assim que coloquei meus pés na pequena cidade colonial senti cheiro de café torrado e me encontrei com um padeiro mestre na manipulação do Baru. O André faz uns pães fantásticos em seu Trem do Cerrado. 
Mãos mágicas de cozinheiros fantásticos foi o que vi durante todo o festival. Posso dizer que cada mago daqueles conseguia passar para comida um pouco de sua personalidade, até mesmo os chefs que dizem que os ingredientes é que mandam no alimento, em cada preparação havia muito deles imprimido na comida. 
Depois de passar um tempo próximo de pessoas tão talentosas fica difícil dizer que entre eles exista o melhor. Chego a conclusão que existe apenas o mais simpático. E viva aos meus queridos Humberto e Emiliana que fizeram a oficina mais concorrida e simpática do festival. Os Assuntos Guarirobicos e toda a celebração dos insumos do nosso Cerrado agradece a participação de tanta gente bacana.