segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Goiás e suas delícias Parte II

Foi uma casa assim que abrigou a Ilha Redonda - Foto: AlexBadim
Acordar em Goiás é ter a certeza de um belo café da manhã no Mercado Municipal da Cidade. Desta vez o aperitivo não foi a famosa pamonha cozida frita. Antes de contar sobre o café da turma da Expedição Pitadas, vou usar a licença poética e recordar os deliciosos tempos de FICA, quando ainda era só uma estudante de jornalismo, sem pretensão profissional nenhuma em relação as panelas. O FICA ( Festival Internacional de Cinema Ambiental) marcou definitivamente a minha vida em 2004 ( melhor ano do festival na minha opinião), no mês de junho.

Um grupo de amigos, que tiveram problemas de hospedagem na cidade, decidiram reunir outros amigos e  assim alugamos a famosa casa da Ilha Redonda,  na Cidade de Goiás. Dentro dessa loucura estavam os queridos: Renato Simprão, Tiago Aristides, Rainer, Breno, Nay e Pedro, Marla, Alysson, Carol Almeida, Tiago Bênia, Rafael e Camila Mitye, Camila Ligeiro e possivelmente devo ter esquecido de alguém. Posso dizer que esta turma que habitou aquele loco imaginário, por uma semana, viveu altas aventuras e claro que ao entrar no ritmo da cidade se encantaram pelos sabores de Goiás. Foi a pamonha cozida frita que sobreviveu ao tempo e dá o sabor da saudade daqueles dias. 

De volta para o presente
Voltando a 2013, com o grupo da Expedição Pitadas, gente super ligada a qualidade dos ingredientes e a forma de produção dos alimentos, posso dizer que a experiência foi praticamente a mesma dos 9 anos atrás, só não comi a pamonha cozida frita. Desta vez escolhi o famoso bolo de arroz da Dona Inês, para dar o tom da saudade desta viagem e carregar comigo um novo símbolo daquela cidade tão especial.  Como o objetivo da expedição era pesquisar os sabores de cada lugarzinho que passamos, eu não resisti ao suco natural de tamarindo e ao pastel de carne do Emival, outras iguarias famosas do mercado. Um passeio pelo comércio local trouxe uma grande riqueza de conhecimento, dentro da gastronomia destaco a baunilha do Cerrado, vendida no mercado, no açúcar. 

Goiás em resumo! AlexBadim
Seguiríamos depois disto para o mato. A visita a um grupo de assentados, do Arraial do Ferreiro, se fez necessária e lá nos deparamos com pessoas com experiências ricas e que projetam dentro do sistema da agricultura familiar um futuro bem mais sustentável que as formas de produção que conhecemos. Na primeira parada os pés de mexerica fascinou a turma e vários foram até as árvores e aproveitaram a oportunidade de comer a fruta colhida na hora. Um pouco mais a frente encontramos Maria das Graças de quem compramos as folhas para o almoço e vimos cozinhar no fogão a lenha. Sim, tudo ao vivo e lindo como tinha que ser. Foi na casa dessa senhora que o pneu da Van Pitadas furou e nós tivemos que fazer uma parada um pouco mais demorada. Foi o suficiente para termos o contato com uma mulher fascinante que guardava consigo as chaves da Igreja de São João Batista, que segundo estudos, seria a primeira Igreja do Estado. Lugar bonito, escondido no meio do nada. 

Almoço
 Depois seguimos para o almoço na casa do Caio Jardim. As banqueteiras da cidade mostraram para as cozinheiras o porquê delas serem tão famosas. Franguinho caipira de primeira, lombo, arroz, tutu de feijão, salada, legumes assados, empadão goiano, paçoca, flor de coco, pudim e algumas outras delícias das quais não consigo me lembrar. Depois a expedição partiu rumo à Goiânia.

Próximo Post: Bela Vista!








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