segunda-feira, 18 de março de 2013

Mercado de trabalho cruel

Deveria ter mais vontade de escrever. Quando passo nos corredores do Shopping Flamboyant só consigo imaginar as pautas que gostaria de fazer naquele lugar. A cada novo menino ou menina que treino na DNA Natural tento compreender o porquê das pessoas não conseguiram trabalhar. A dificuldade de algumas em aprender e de outras a preguiça e falta de vontade em realizar qualquer atividade, por mais banal que seja. 
O trabalho em cozinha é árduo. Carreguei caixas, limpei câmara fria e descasquei muita batata e alho enquanto estive aluna. E faria tudo de novo se precisasse ocupar a função de auxiliar na cozinha daquela escola. 
Dentro da escola só ganhei conhecimento e tinha certeza que no mercado de trabalho poderia não ser remunerada de forma ideal. Porém, apostei em uma nova carreira. Hoje estou engatinhando na direção de um mercado de trabalho que começa a ser mais conhecido que desconhecido. Um mercado onde tento ter segurança em meio tantas desilusões. As desilusões de profissões que trabalham com o ego é cruel. Cozinheiros são artistas, assim como os jornalistas, porém trabalham com belezas diferentes que tentam despertar sensações nas pessoas. 
Sinto uma enorme dificuldade em contratar bem. Parece que as pessoas se sentem prontas. Não querem enfrentar o mercado de trabalho e suas pedras. Não querem lavar chão, panelas e descascar batatas. Querem os aplausos e um bom salário. Nestes quase 10 anos de mercado de trabalho aprendi que reconhecimento financeiro e intelectual é uma conquista baseada em esforço e dedicação. 
No jornalismo... Passei uma carreira "descascando batatas", mas foi isto que me fez ter coragem de mudar e encontrar um novo caminho. 

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